Ciganos

segunda-feira, 26 de março de 2018


Venha desvendar o que está acontecendo, o porque de sua vida não ser mais a mesma que era antes.
Faço também encantamentos através da Linha Cigana.
Trabalhos para todos os afins...

domingo, 25 de março de 2018

Shuvani - Bruxa cigana


KI SHAN I ROMANI, ADOI SAN’ I CHOV’ BANI.

Aonde os Ciganos vão, eu sei que as Bruxas estão.


A palavra romani para designar “bruxa” é shuvihani (cujo masculino é shuvihano), mas algumas vezes ela é abreviada para shuvani e, em certas regiões, a sua referência é shu’ni. (Há também uma outra forma que é chuvihani.) O significado dessa palavra é “bruxa”, apesar de a sua significação mais antiga ser “uma pessoa sábia”: alguém que possui o conhecimento de todos os aspectos do oculto.



No interior da sociedade cigana, a importante função de abençoar e amaldiçoar, de curar e provocar doenças... a chuvihani é aquela pessoa que tanto é respeitada pela sua sabedoria como pelo seu entendimento das crenças e práticas mágicas. Ela também é quem detém todo o saber dos tabus sociais e dos ritos e rituais mágicos, tais como o batismo e o casamento. Não há cigano que a considere, seja la em que momento for, como uma pessoa maléfica ou repugnante. Para eles, ela é simplesmente aquela que possui um conhecimento singular, além de ter um poder que, de acordo com seus desejos, poderá ser usado para o bem ou para o mal.





"Os historiadores observaram que houve um súbito ressurgimento da bruxaria e feitiçaria ao século quinze, e não há a menor dúvida de que a chegada dos ciganos foi uma das causas para tal evento. Esse povo nômade chegou à Europa por volta do século catorze, provavelmente oriundo da Ásia. Trazendo com ele as práticas mágicas que estavam adormecidas na Inglaterra desde que a fé cristã se expandiu."


Pois existe realmente uma possibilidade bem clara de que a chegada dos ciganos tenha sido a centelha que desencadeou o ressurgimento do paganismo e da prática da magia.


Eles podem ter sido charlatões sob diversos aspectos, mas não se tem como acusá-los de não possuírem certos poderes mágicos. Por isso que é afirmado que a fraude, o logro e a trapaça não foram a sua única bagagem ao longo de tantos séculos. Conforme nos diz o velho ditado, “onde a fumaça, há fogo”, talvez isto seja de alguma forma aplicado aqui. Mas apesar, de tudo, os ciganos também foram os Mantenedores dos Antigos Mistérios e vêm sendo, pelos séculos, um manancial do conhecimento mágico ao redor do mundo.


Existem muitas superstições no seio da tradição cigana. Assim, augúrios, tabus e profecias, tudo isso faz parte da vida desses nômades. Além disso, eles creem nos espíritos da terra, do ar, da floresta e do campo.





As shuvanis são justamente aquelas que conseguem comunicar-se com tais espíritos, e o fazem com certa regularidade. Entretanto, dentre os grupos de espíritos, três se destacam de modo especial:

Os do ar são bastante independentes e tanto podem ferir como ajudar os humanos. Parece que eles se sentem mais gratificados quando conduzem os humanos para o mau caminho!
Por outro lado, os da terra são reiteradamente descritos como “nobres”. São amigáveis e estão sempre dispostos a dar um bom conselho.
Já os espíritos da água constituem um caso à parte. Ao mesmo tempo que são gentis e ajudam os humanos, eles podem ser por demais vingativos e, se não forem completamente maléficos, não serão nem um pouco agradáveis.

“As mulheres se superam nas manifestações de certas qualidades associadas com os mistérios e as influências e poderes ocultos”.


De fato, a quantidade existente das shuvanis é bem maior do que a dos shuvanos apesar de estes últimos serem tão considerados quanto as primeiras. A magia dos ciganos não se reduz a trapaças, mesmo que também recorram a esse expediente. No fundo eles creem, com muita convicção, em si mesmos e nos seus encantamentos, e por isso exercitam a magia para uso próprio. Além disso, eles acham que inúmeras mulheres, e uns poucos homens, têm a posse genuína dos poderes sobrenaturais herdados e parcialmente adquiridos.


Na verdade, não existe qualquer tipo de “cerimônia de iniciação” para fazer com que uma pessoa se torne uma shuvani ou um shuvano. Pois essa condição é alcançada a partir de um treinamento gradual, que seja ele monitorado ou solidário. Ou seja, o aprendizado só vem com o decorrer do tempo.

Em se tratando de magia, nunca se apresse! Pois são vários os atos mágicos que precisam ser realizados no tempo certo, que seja numa determinada hora do dia ou da noite, ou mesmo num certo período do mês. Portanto, não deixe de planejar com esmero tudo aquilo que deverá se feito.

Jamais tente trabalhar com a magia, movido apenas pelo impulso momentâneo, uma vez que raramente se consegue o sucesso quando se age assim. A magia- ou melhor, a magia bem-sucedida- vai sempre depender da energia, especialmente da energia da pessoal de quem a esta realizando. Porque essa energia (ou “poder”, ou qualquer nome que se queira dar a ela) é absorvida pelos instrumentos que são fabricados e manipulados, pelas palavras que são enunciadas, pelas ações que são representadas , e ainda pelo direcionamento dado no sentido de se obter o resultado.
Procure realizar apenas a magia positiva. Certifique-se com cuidado, de que aquilo que você irá fazer não causará dano a nenhum ser. Aliás, faça mais do que isso; assegure-se de que o seu ato mágico não irá interferir no livre-arbítrio de ninguém.





Como já mencionei aqui, os Ciganos têm sido identificados com as Bruxas e Feiticeiros, pelo menos desde o século quinze. Pois, para se sustentarem vivos, eles se viram obrigados a fomentar a crença de que retinham certo tipo de conhecimento arcano e de que realmente eram adeptos das artes ocultas. Mais tarde, essa fama implicou com fogueira para os ROM , uma vez que as pessoas de várias regiões presumiam que eles mantinham tratos com o demônio. E a prova disso esta numa cena comum daquela época, na qual a população, ao assistir ao ciganos adestrando os animais e vendo, por exemplo, um cachorro andando sobre duas patas, concluía que isso só podia ser fruto de algum tratado firmado com o Diabo!

Os ciganos eram confundidos com as bruxas, em razão de sua concepção sobre sabás que, na época, eram bastante populares. Toda população sabia que as bruxas realizavam os sábas nas florestas ou nas encruzilhadas das estradas. E talvez acontecessem situações em que os moradores da cidade, passando tarde da noite por uma estrada, tenham se deparado com algum grupo de ciganos tocando as suas canções, comendo, bebendo, e que estivesse acampado na floresta ou em alguma encruzilhada depois de ter viajado o dia todo.


Aos olhos do cidadão comum, que normalmente morria de medo das bruxas, aquilo que ele via nada mais era senão um dos seus sabás! Também é expressado a opinião de que as músicas e danças dos ciganos aproximavam-se bastante daquelas que as bruxas realizavam.



O seu estilo de vida nômade dos ciganos fez com que eles fossem tendo uma proximidade estreita com as ervas e flores selvagens, que iam encontrando pelos caminhos. Produziram remédios, a base de ervas, para os médicos das tribos, além de vendê-los para os habitantes dos vilarejos, dizendo que eram elixires mágicos. E, se estabeleciam um contato íntimo com a natureza, de igual modo como as bruxas, é bem provável que tenham cultuado divindades idênticas com nomes diferentes. As bruxas possuíam um vasto conhecimento a respeito das ervas.



A ligação estabelecida entre ciganos, bruxas e feiticeiros durante o período da Idade Média não foi inteiramente incorreta, já que os ciganos possuem um conhecimento que, apesar da tradição própria dos romani, poderia ser classificado como “Antiga Feitiçaria”,ou seja, a feitiçaria praticada pelos antigos pagãos.
Em suma, o conhecimento das ervas para o emprego na cozinha, na cura e nos incensos; a utilização dos oráculos e dos augúrios para auxiliar nas decisões, a feitura de feitiços e encantamentos para direcionar os acontecimentos: tudo isso compõe a bagagem dos mistérios dos ciganos.



Eles acreditam piamente em coisas tais como mau-olhado, maldição, magia negra e muito mais. E, em função dessas crenças, detêm vários modos de limpeza espiritual e exorcismo.
Entretanto, os ciganos não tem o hábito de lançar feitiços e maldições sobre outros,mas certamente nunca hesitarão em mandar de volta a negatividade que por exemplo um gadjo lhes tenha enviado.

Ao perceberem que algum mal lhes foi direcionado, sem que consigam identificar quem assim o fez, não são poucas as maneiras que eles têm para se livrar disso. E é exatamente a shuvani, a bruxa cigana, que é especialista nesses assuntos.

Os ROM levam em consideração o “ mau-olhado ". Para eles, é perfeitamente possível que uma pessoa possa fazer o mal à outra apenas com o olhar, apesar de esse tipo de mal nem sempre ser liberado, já que muita gente carrega o mau-olhado sem dar conta disso.

As doenças e as causas conforme os Ciganos


Doenças e Causas:



AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.


ANOREXIA: Ódio ao extremo de si mesmo.


APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.


ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.


ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.


ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.


BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.


CÂNCER: Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.


COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.


DERRAME: Resistência. Rejeição à vida.


DIABETES: Tristeza profunda.


DIARREIA: Medo, rejeição, fuga.


DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.


ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.


FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.


FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.


GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.


HEMORROIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.


HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.


INSÔNIA: Medo, culpa.


LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.


MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.


NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.


PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.


PNEUMONIA: Desespero, Cansaço da vida.


PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.


PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.


PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.


PULMÕES: Medo de absorver a vida.


QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.


RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.


REUMATISMO: Sentir-se vítima. Falta de amor. Amargura.


RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.


RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.


SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.


TIREOIDE: Humilhação.


TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.


ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.


VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.



Curioso não? Por isso vamos tomar cuidado com os nosso sentimentos,

principalmente daqueles que escondemos de nós mesmos."

Oração da paz do Cigano Bóris



 Peço a energia cósmica que conduz este ser, que venha agora por meio de chacras, canalizar sua luz, peço aos sete arcanjos para que possam entrar agora na vida deste ser, fazendo com que ele(a) possa encontrar dentro de seu eu interior, toda paz que precisar, olhar agora para seu futuro, e ver um caminho de paz e de luz, a iluminar todos seus pensamentos, iluminar suas decisões e escolhas, que se tenha em sua vida mais equilíbrio, em todas as suas energias, e que a partir de agora, este ser encontre paz e luz.


Cigano Bóris, é um Cigano nascido em Málaga na Espanha, desde pequeno já assumiu grandes responsabilidades dentro do acampamento. Filho mais velho, teve que cuidar de suas irmãs com a morte precoce de seus pais.


Moreno de olhos verdes, despertou a paixão de uma cigana de outra tribo, e com ela se casou juntando as duas famílias, transformando ali em um grande acampamento. Cigano justo, à ele cabia todas as decisões tomadas dentro da família. Tornando-se assim, um grande conselheiro. Fez sua passagem aos 62 anos, de uma forte pneumonia que não resistiu.


Cigano de cabelos grisalhos, corpo forte e barba cerrada, adora um bom charuto e um elegante cachimbo. Trabalha na Encantaria Cigana no campo da justiça. Seu dia é a quarta-feira e o domingo, sua cor de vela é a marrom. Em seus rituais, recebe feliz um bom vinho tinto seco, pão, uvas, ave assada, charuto de boa qualidade, um lenço vermelho e um chapéu, deixados dentro de uma cesta em um campo aberto ao entardecer.


O cigano Bóris é um cigano idoso e cheio de sabedoria. O seu nome, Bóris, significa grande conselheiro, guerreiro e forte nas batalhas - uma descrição que resume suas principais características. Ele é um homem grisalho, de pele morena, olhos verdes, barba e bigode bem cerrados. Costuma utilizar uma calça azul marinho e uma blusa branca, acompanhado de um colete de veludo vermelho e um chapéu branco na cabeça. Ele viveu muitos anos, e portanto foi o Kaku (grande sábio, mago) do seu grupo. Apesar de ser um homem muito importante, viveu os seus últimos dias na terra sozinho.



Quando o seu espírito cigano vem à Terra, ele sempre diz os mesmos versos:



“Já fui novo, hoje sou velho;

já fui vencido e já venci;

já caí e me levantei;

já tive fome e me alimentei;

já chorei e já sofri;

já fui triste, hoje sou alegre;

já tive corpo, hoje sou um espírito;

já tive mulher, e no fim da vida vivi só.

Hoje tenho todos vocês em um só ideal.

Venho para ajudar, para lutar e retirar

barreiras dos caminhos para vocês

passarem.

Sou um espírito cigano igual a outro qualquer,

não sou melhor nem pior;

sou o cigano Boris que acabou de chegar.”

Logo depois, ele pede uma taça de vinho e oferece um gole a cada um dos seus assistentes em terra dizendo:

“Que este gole seja o remédio para solucionar

seus problemas e que, ao se misturar com seu

sangue, o purifique e leve ao seu cérebro a

calma e a paz para seu dia-a-dia.”





Salve Cigano Bóris !! Salve o protetor da justiça, optchá !

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